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sábado, 9 de novembro de 2013

Crítica: MasterChef Junior - 1ª temporada


Regra #1: Whip it like a man! 

Reality show nunca foi o meu forte, reality show de culinária então sempre me pareceu algo extremamente sem graça. Assistir pessoas cozinhando não me parecia ser algo que iria me entreter. Mas como eu estava errada, muito errada. 

Minha primeira experiência com um reality de culinária foi logo o MasterChef Junior. Crianças entre 8 e 13 anos me humilhando na cozinha com seus pratos mágicos e deliciosos. Mas a minha maior surpresa foi ver que o programa é mais do que só comida. O carisma das crianças e suas marcas são logo jogadas na sua cara, fazendo com que você se importe com aquilo. Que você se envolva com os acontecimentos, crie torcida por alguns e até odeio por outros. 

Eles conseguiram muito bem adaptar a estrutura do programa para as crianças, que por sinal, são tão incríveis na cozinha quanto qualquer adulto. Mas lidar com crianças é realmente algo mais delicado. Porem o programa conseguiu seguir muito bem, mantendo uma sensibilidade, mas também sendo forte e mostrando aquelas crianças o quanto essa profissão é pesada. 


Entre choros e momentos divertidos, o programa teve obviamente suas crianças de destaque. Os mais novos do grupo Jack e Sarah se mostraram ser crianças centradas e extremamente talentosas. Pelo fato da Sarah ser muito agitada, não colocava muita fé no talento dela, mas ela conseguiu provar o quanto ela é excelente. A pouca idade acabou funcionando contra ela, fazendo com que ela perdesse o controle em alguns momentos e acabando indo embora antes da hora. Já o Jack, esse merecia pegar uma final. Sua concentração e foco no seu objetivo era inspirador. 

Mas aí temos um ponto negativo do programa. Eles deixaram bem claro suas preferências aos mais velhos. Era lindo ver crianças de 8 e 9 anos cozinhando, mas era um mais velho que ia ganhar. Não estou dizendo que os mais velhos não mereceram seguir em frente, mas o que me passou durante essa temporada era que nunca foi o objetivo do programa dá o prêmio para o caçula do grupo. Prova maior disso foi deixar o insuportável do Troy e tirar a Sarah do programa. Ele tirou completamente as chances dela conseguir impressionar os jurados e com isso acabou ficando com a vaga pra próxima fase no episodio 1x05.

Alexander. Ele com certeza foi o nome mais obvio para a vitoria do programa. Desde o começo ele foi colocado como o principal alvo a se atingir entre eles. O principal concorrente. Mas pra mim não me pareceu justo mantê-lo até a final. Um erro pode ser fatal e deveria ter sido para ele. Obviamente ele começou o programa da forma mais esplendorosa possível, mas ele começou a decair conforme o programa ia passando. Mas ele foi mantido no programa por ser o Alexander, aquele gênio das primeiras semanas. 

Já a outra finalista foi o caminho totalmente o contrario. Dara começou o programa como aquela garota estranha com uma parada na cabeça pra uma das maiores surpresas da competição. Sua extrema auto confiança a levou ao nível de competir de igual com o Alexander na final. E por sinal, que final mais incrível. Mesmo com o resultado obvio, ver o trabalho que aquelas duas crianças fizeram foi algo esplêndido. 

Foram apenas 7 episódios que passaram voando, mas que conseguiram mostrar o incrível potencial do programa. Realitys culinários estão aí aos mil fazendo sucesso nos Estados Unidos e esse com certeza é mais um deles. Com uma segunda temporada já garantida, a versão Junior desse programa conseguiu abrir a minha mente e destruir um preconceito que eu tinha com reality culinário. Conseguiu me provar que esse é sim um excelente programa de entretenimento, conseguiu me envolver nas suas situações, criar simpatia por seus candidatos e capaz de ter me deixado até com vontade de enfrentar a cozinha. Com certeza foi uma das gratas surpresas dessa fall season. 


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